JJ Domingos, Edileide Godoi, Eliza Freitas, Regina Baracuhy, Emmanuele Monteiro e Tânia Pereira. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2011. 138 p. E-book em pdf. R$ 5,00 ISBN 978-85-7999-031-1 |
Práticas Discursivas Contemporâneas (2011)
18:53 |
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Discurso, poder e subjetivação:uma discussão foucautiana
12:00 |
J.J. Domingos Série Veredas nº 11. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2009. 100p. 13x19cm. ISBN 978-85-87018-98-4 |
Resenha
Se fôssemos eleger o termo que melhor sintetiza as noções de história, sujeito, discurso e poder dentro de uma perspectiva foucaultiana , seguramente este termo seria Dispersão. O pensamento de que estes conceitos não são mais "o lugar do repouso, da certeza, da reconciliação, do sono tranquilizador ", e sim categorias constituídas eminentemente por lutas e batalhas discursivas é a espinha dorsal da obra de Michel Foucault. Neste livro, tomamos a produção do francês a partir da História da sexualidade para perceber como, de forma descontínua, a história do Ocidente produziu discursos que têm servido de âncora para a criação de diferentes subjetividades baseadas na sexualidade. Dentre tais subjetividades, aquelas circunscritas longe dos padrões heteronormativos serão aqui nosso objeto.
Este livro é uma parte da minha dissertação de mestrado defendida no Programa de Pós- Graduação em Linguística – PROLING – da Universidade Federal da Paraíba. A ideia da pesquisa se torna concreta dentro das articulações da Linguística com outras áreas do saber e da linguagem com a história. Para tanto, tomou-se o discurso – enquanto instrumento que sustenta práticas - como objeto mediador entre a sistematicidade e as representações sociais da linguagem. Foucault, especialmente em A arqueologia do saber (2008), teorizando sobre a linguagem e o discurso vinculou este último aos processos históricos exteriores à língua. Enquanto conjunto de enunciados, o discurso, neste sentido, não repousaria numa aparente clarividência dos sentidos; estaria além de um jogo de signos linguísticos. Esta direção de pensamento sobre o discurso e a linguagem orientou toda a pesquisa.
A partir desta perspectiva, o objeto de estudo da pesquisa foram os modos de subjetivação discursivisados em perfis de homoafetivos, que se denominam ursos , filiados a sites de relacionamento dirigidos a este grupo. Atentando para o significado e a relevância desse material para os estudos da linguagem, ao mesmo foi dado um enfoque sócio-histórico de cunho qualitativo, a fim de se privilegiar a compreensão e a interpretação do objeto. Por tratar-se de um objeto (no caso, o discurso dos ursos) inscrito em condições sócio-históricas específicas, viu-se a necessidade de focalizá-lo teoricamente considerando a relação entre a linguagem e a história. (...)
J.J. Domingos
Anais SIGET 2011
10:10 |
Trabalho publicado nos Anais do SIGET 2011
SEXO, SAÚDE E ESPORTE: OS DISCURSOS DA MÍDIA SOBRE O CORPO VELHO - Maria Emmanuele Rodrigues Monteiro ; Regina Baracuhy
Resumo:
O envelhecimento, enquanto discurso construído entorno da noção de corpo
discursivisado está relacionado a como a mídia propõe os conceitos de beleza, de sexo e
de longevidade. Assim, a mídia produz uma outra identidade que subverte o estereótipo
da “vovozinha”, construindo uma positividade para o corpo velho e ratificando um
modelo de beleza, que desloca os sujeitos e constrói outras identidades para os velhos.
Dessa maneira, o objetivo desse trabalho é analisar a produção discursiva midiática
sobre o corpo velho presente nos gêneros de nosso corpus. Dessa forma, vale ressaltar
que a noção de corpo com a qual trabalhamos é a noção de corpo discursivisado, o
corpo enquanto representação, segundo MILANEZ (2009, p.215) “o que inicialmente
identificamos como corpo, podemos compreendê-lo não somente como uma simples
prática corporal e objetivante, mas como prática discursiva”. Escolhemos a linha
teórica da Análise do Discurso (AD), em seus diálogos com Michel Foucault,
ressaltando as noções de biopoder e biopolítica, e os Estudos Culturais para discutir
identidade e memória social, pois ela atua nos vazios existentes entre as fronteiras das
Ciências Humanas e Sociais, e por isso nos possibilita abordar os aspectos sociais,
históricos e psicanalíticos que envolvem e determinam as construções identitárias e a
memória social sobre o corpo velho discursivisado e suas especificidades. Nosso corpus
é composto por uma propaganda governamental sobre o uso da camisinha na terceira
idade, publicada em 25 de fevereiro de 2009, na revista Veja, por uma propaganda de
um banco de investimentos veiculada pela revista Época. Nossas análise mostraram que,
na mídia, a representação do corpo velho é construído a partir de um ideal de beleza,
longevidade e produtividade.
Palavras – chave: Mídia, Corpo, Identidade, Análise do Discurso
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